OAB protocola pedido no CNJ para que gravação de atos processuais seja obrigatória

A OAB Nacional protocolou, nesta terça-feira (25/4), proposta de resolução para que todos os atos processuais sejam gravados por tribunais. A ação visa permitir o registro e a identificação de eventuais violações ocorridas em audiências durante os processos. Atualmente, o registro dos procedimentos é recomendado, mas não há obrigatoriedade.

“As gravações em todos os tribunais não são uma garantia apenas para a advocacia, cidadãos ou magistrados. É a certeza de que teremos direitos e garantias atendidos em plenitude e uma maior efetividade nos julgamentos”, explica o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti.

A proposta encaminhada ao CNJ foi feita pelo vice-presidente da OAB, Rafael Horn, e aprovada por aclamação durante a sessão do Conselho Pleno de 17 de abril. Então presidente da OAB-SC, em 2020, Horn esteve à frente da proposta para que as gravações fossem realizadas, ação que deu origem à Recomendação nº 94, de 2021.

“A Recomendação foi um grande avanço. Agora, propomos um passo à frente, para que a ferramenta chegue a todos os tribunais. A gravação é uma garantia ao advogado, à maior civilidade do Sistema de Justiça e à cidadania”, diz Horn.

A iniciativa aprovada pela OAB e encaminhada ao CNJ se deu no contexto do repúdio às declarações do desembargador federal Mário Helton Jorge, que disse que o Paraná tem “nível cultural superior” ao das regiões Norte e Nordeste.

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